O'Neill Cylinder endcap. The artist's inspiration came after O'Neill suggested to him that the view of San Francisco and the Golden Gate Bridge from Sausalito would provide an excellent scale reference for a later model cylindrical colony. Painting by Don Davis courtesy of NASA.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Blog interessante...até onde a imaginação pode chegar?!
O'Neill Cylinder endcap. The artist's inspiration came after O'Neill suggested to him that the view of San Francisco and the Golden Gate Bridge from Sausalito would provide an excellent scale reference for a later model cylindrical colony. Painting by Don Davis courtesy of NASA.
Aula de análise da alma sem pedir licença...rs!
Bela história! Final triste... Os gregos, através de seus belos mitos e história encantadoras, são capazes de explicar-nos o comportamento humano... Hoje, durante uma aula de Leitura, discutimos os mitos de Eco e Narciso. Bela aula! Ao invés de estudarmos as enfadonhas regras de Gramática, aventuramos nas cavernas sombrias da alma humana...
Ontem, olhando os pinheiros que agitavam com o vento suave da tarde, pensei no amor. Este sentimento difícil de entender, caminhante de vielas desconhecidas da mente. Lembrei-me do mito de Narciso e Eco.
Estou trabalhando "As 100 Melhores Histórias da Mitologia Greco-romana" nas aulas de leitura. E foi com encantamento e alegria que meus queridos alunos do Moysés me receberam. Eles viajam junto comigo nas histórias. Basta que eu leia um poema, escute uma música, reveja alguma obra antiga e pronto! Elas viram moda na Escola! Ufa! Sinto-me feliz, pois meus caminhos estão sendo abertos...de uma maneira ou de outra, estão sendo abertos. Devagarinho, como procurar diamantes em cascalho...
Hoje, como disse acima, estudamos, isto é, embelezamos nossa aula com a linda história de Narciso...e Eco! Essa aí não pode nunca ser esquecida. Ela é a figuração de tudo que repetimos por muitos séculos... e, por sua vez, Narciso deve ser lembrado sempre que encontrarmos um belo moço a quem sucumbiremos nosso amor. Melhor dizer, enterraremos nosso coração junto às águas sombrias de um rio sem fundo e de suas torrentes ... Rs!
But! o que quero dizer é a que conclusão minhas cabecinhas queridas de 13 anos, lá da 7ª C chegaram... Ouçam, leiam... A Kassen brilhantemente disse que "o mito da ninfa Eco é o das mulheres que, por toda a vida, ensinadas por suas avós, por suas mães e tias, repetiram os mesmo padrões de comportamento." Peguntei a ela "como assim?" Ela foi explicando, com seu pouco vocabulário, que "a mulher a vida toda sempre fez o que os homens queriam, e assim foram destruindo sua personalidade para se tornar o outro, no caso o namorado, o marido, o amante... ". Essas foram as sábias palavras de uma mulher de 13 anos. Encanto-me sempre com a maturidade dos alunos desta sala. E seguiram conversando como se fossem já catedráticas e experientes da arte de amar.
Eco e Narciso... conta uma antiga lenda...
Narciso era um jovem caçador. Era pretensioso e arrogante, mulher alguma parecia bastar à sua vaidade.
Correu uma lenda que dizia que quando Narciso nasceu, um oráculo teria anunciado que jamais ele poderia ver sua imagem refletida, senão teria vida curta. Tratou seu pai, temendo a sua vida breve, de desvencilhar de todos os espelhos do reino. Ajeitou-lhe um espellho mágico em qeu pudesse ver sua imagem destorcida. Mesmo assim, sua beleza era tal que o arrogante rapaz não desgrudava do bendito espelho.
Um dia extraviou-se dos seus e foi dar com os olhos de uma das ninfas de Diana, Eco, a mais tagarela de todas as ninfas. Eco vagava pelos bosques depois de ser enfeitaçada por Juno, a esposa de Júpiter. Por aí, vocês já imaginaram o que Eco andava aprontando ali pelos entornos do Olimpo...
Por causa de sua extrema beleza, Júpiter tomou Eco em seus braços e, como já tinha gozado dos favores do deus dos deuses, prometeu encobrir mais uma de suas escapadas. Andava envolvido com outra das ninfas de Diana.
Afinal, meter-se com o deus supremo podeia trazer-lhe problemas funestos.
Certo dia, Juno tomada de sua cólera, chegou quase a tempo de flagrar o esposo nos braços da tal ninfa. Eco, temerosa e grata pelos favores de Júpiter, conseguiu que eles escapassem a tempo.
Eco, com todas as desculpas esfarrapadas possíveis, despertou o sentido aguçado de Juno, que não era nada boba.
Na sua tagarelice, Eco ouviu: "Cale a boca! pensa qeu me engana com sua ocnversa mole, sua tagarela!"
Era tarde demais. Porque pretendeu fazê-la de boba, Juno puniu-a, fazendo com que nunca mais conseguisse expressar uma única palavra, mas somente aquelas últimas que escutasse...
Assim as notícias do terrível feitiço espalhou-se pelo reino e Eco, não podendo mais aguentar as injúrias recebidas, afastou-se dos seus e vagou por entre os bosques durante muitos anos.
Aí começa a verdadeira história... Voltando ao ínicio..
Eco encontra-se com o belo Narciso e por ele apaixona-se. Ela tenta então aproximar-se dele. Mas como era um desastre em matéria de amor, não conseguiu. Não podendo explicar o que queria ao jovem, pois apenas repetias as últimas palavras que ouviu, resolveu atirar-se em seus braços.
O rapaz irado, respondeu a ela dizendo: " Não quero seu amor!"
-...quero seu amor... repetiu a ninfa, vendo Narciso dar-lhe as costas e escapar rapidamente por uma vereda do bosque.
Consciente de seu fracasso, recolheu-se para o interior de uma caverna no bosque. Ali, após enfadar-se durante longos anos as paredes da gruta com seus lamentos e lágrimas, viu seu corpo, aos poucos, dissolver-se na escuridão da caverna e passar a fazer parte dela. Da pobre ninfa só restou sua voz cava e profunda, a repetir sempre as últimas palavras que os passantes pronunciavam.
Depois de muitos anos, Narciso cansado das caças, embrenhou pelo bosque, pelas bandas da caverna onde Eco se consumira de tristeza e solidão. Ali perto havia um lago manso e sereno, de supefície lisa e cristalina. Até as árvores recolhiam-se medrosas de sua águas.
Narciso, chegando às margens, debruçou-se para tomar uns goles da límpida água. Ao fazê-lo, percebeu um pessoa que o fitava de dentro da água. Fascinado com a beleza daquele semblante inigualavelmente belo, admitiu que ele era mais perfeito ainda. Apaixonou-se. Tentou sem sucesso conversar com aquela bela efígie, que nada o respondia. Num surto de coragem, debruçou a ponto de tocar-lhe os lábios. Porém, ao fazê-lo, viu o belo estranho turvar-se e fugir-se dele. Pela primeira vez, sofreu as dores do amor não-correspondido.
Apesar de Narciso erguer a voz cada vez mais a suplicar por o seu amor, Eco, vítima da crueldade de Narciso, gozava agora a sua vingança; conseguira calar-se diante da dor do moço, não repetindo sequer um palavra. Ria baixinho e a único som que se podia ouvir era o sussurro produzido pelo vento passando pelas frestas da caverna.
Entristecido pelo amor, Narciso foi perdendo a cor, suas belas formas. Sua faces murcharam, de suas narinas escorria em prantos todas as sua lágrimas e, aos poucos, viu-se incorporar ao leito do lago límpido e sereno. Sem poder consumar o seu amor, transformou-se numa bela flor roxa de folhas brancas, sempre debruçada sobre o leito das águas. Sua sombra infeliz deslizou no barco de Caronte, atravessando o Estige rumo ao país das trevas. Mas nem o o severo barqueiro pde impedir que Narciso, durante sua travessia, lançasse seus últimos olhares para mirar-se nas águas do rio infernal.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Que coisa... José de Carvalho escreveu...
terça-feira, 28 de agosto de 2007
sábado, 25 de agosto de 2007
Quando viajo por aí...
Estou ouvindo Capricho Italiano de Tchaikovsky, regência de Daniel Barenboim, Orquestra sinfônica de Chicago...
Inacabado...
a música fluída de Tchaikovsky .
Eu não sabia ver o céu azul
além desta janela,
Tampouco subia as escadas de nossa inconsequência.
Mas perdurava na imortalidade
o etéro de nossas almas
O amor reluzente na pedra fria
era o caos e a permamente alegria.
Eu não sei amar.
Eu não sei amar.
É a música incansável dos meus dias.
Soldier or Dreamer
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Minha prima mais nova, Alice!
A Lua e a Santa
Sob nuvens esparsas na noite quase fria
Os ares do verão não fizeram quebrar essa tristeza.
Entristecidas de pensar,
Cada janela, cada porta, cada poste da cidade
Aquietava-se por entre as vielas tortas e suas
Ruas íngremes das casas ancestrais.
De longe vê-se o rosa antigo daquele casarão
E perdido dentro de suas janelas
A virgem que teimava chegar a elas todos os dias.
Esperava aquele que nunca veio.
Nas procissões da Semana da Paixão
As velas clareavam as faces, os véus,
os vestidos pousados nos corpos
com perfeição tão suprema que extasiava Maria
e Maria esquecia o porquê de estar ali.
Maria via a procissão passar
Cantava as dores de Nossa Senhora
E esperava, esperava o dia de sábado como um aleluia!
O Domingo, o mais pagão de todos os dias!
Maria alegrava-se como a ressurreição de Cristo!
Cristo! Quando ele vem?
E esperava, esperava...
Os outros meses que se seguiam
Outras festas, outras lamúrias,
Páginas do calendário santo se iam com as horas medidas a fio.
Só ele não veio.
E de Maria se souber apenas que morrera virgem, santa e só.
E hoje, quando olho a cidade aqui do alto
E a Lua entristecida,
Vejo os casarões,
As muralhas,
As pedras dos caminhos que receberam boi, cavalo, Ford Bigode,
Jardineiras, e carros velozes
Penso que Maria sou eu!
Pura, santa e esperançosa.
Pobre Maria...
Pobre de mim.
Guaxupé, 12 de Janeiro de 2006.
Quinta-feira, Lua Crescente, meio frio, pouco calor...
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Pena que a música não é a do Jeff...
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domingo, 19 de agosto de 2007
A foto no poema é de uma amiga muito querida, a Melissa!
Cotovelos pousados sobre a mesinha
As mãos encolhidas em desalento
Uma no rosto apoiada,
Outra desce a tinta sobre o papel.
Há uma urgência de me expor
Mas as chagas fizeram-se tão fundas
Que estou mudo.
Relembro, então, uma cena de infância.
O dia seco, quente, nublado,
Na vitrola, um disco de Sinatra.
Eu avistava da varanda
O negror das nuvens sobre a Catedral.
Não era chuva.
Não era medo.
Hoje sei que era tristeza.
Nasci assim,
Triste.
De onde arranquei esse ar solitário,
Essa incomodação de mulher todos os meses?
Queria ser diferente, diversa.
Olho as outras.
Parecem tão felizes!
Realizadas.
Hoje pintei as unhas de vermelho framboesa.
Sangro assim desde que nasci!
Sem Título!
O azul cerúleo tinge meus olhos
com a fremência da criação.
O jovem vê a Lua e sonha
Dorme na música do instante.
A ansiedade arde o peito,
recolhe os ombros,
intumesce as mãos.
Sobre a nuca,
o peso da eterna criação.
Puxo o ar retesado no alto dos pulmões.
Pergunto-me por quê?
Noutras épocas não era assim.
A saúde fresca das hortaliças, dos frutos todos
nas maçãs do meu rosto.
a mesma juventude,
a alegria.
Mudei minhas roupas?
O que fluíra, represou?
Tento vendar o que não quero ver?
Abro as janelas com a impaciência.
Afasto as cortinas como um temor.
E o sol vem dourar meus braços,
meu corpo sobre a cama,
minhas manhãs roubadas da inexperiência de viver.
Este aí tá fresquinho...escrevi agora: 00:10, 19/0/07
A fumaça das queimadas precipita sobre a cidade
O ar frio da noite que entra.
O vento bate, arranha meu rosto
Ranhura de galhos secos.
Gosto de espinho na boca.
As flores explodem pelos caminhos,
erraram a época para enfeitar meus olhos
- amarelas, brancas, lilases, carmim.
O caminho é o êxtase completo.
A Lua vaga coroa minha cabeça
brincando de rodopiar.
Abro meus braços num abraço
acaricio o vento, a paisagem.
Aquele planeta que finge de estrela me chama
e, no meu peito, a urgência da criação,
feito ardência,
ansiedade,
feito choque.
Nos segundos,
A noite termina sua entrada
A alegria do encontro entre sol e escuridão se foi
Na minha impaciência
a vinda das próximas horas,
a madrugada,
a fome,
o bocejo de todas as manhãs.
sábado, 18 de agosto de 2007
Eu vou sentir saudades desta turma...
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Meu deus Apolo... O deus da Música!
Apolo tocava uma lira. Era o deus da música!!!! Se Apolo tocasse violão, certamente que teria a imagem acima... Lindo e apaixonante Jeff Buckley... que também teve um final triste. Em suas canções e poemas escreveu seus amores irrealizados, perdidos, sufocados...
Assim, como todos os deuses e seus finais trágicos ou uma certa incapacidade para o amor, "Apolo teve sua amada transformada em uma árvore de loureiro -, nos últimos momentos, ainda tentou extrair do resto de seu antigo corpo um pouco do seu calor, abraçando-se ao tronco e procurando-lhe os lábios. Não encontrou a suavidade do antigo hálito da ninfa, mas apenas o odor discreto da resina.
Apolo, desconsolado, despediu-se levando consigo, como lembrança, algumas folhas de loureiro, com as quais enfeitou sua lira. Enfeitou também sua fronte em homenagem a Dafne - a mulher que nunca nem jamais será sua."
Apolo e Dafne, p. 146-149.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Faz um tempinho já...
Ontem mesmo, no final da tarde, linda e necessária para eu colocar minha casa-corpo em ordem, fui declamando as palavras que surgiam pelo caminho. A tarde estava que era puro encantamento. Disse que chegaria em casa e colocaria a mão no teclado e escreveria... dispersei-me...fiz várias outrras coisas, dormi, por exemplo! Mas as palavras andam me cutucando, cutucando, cutucando... quem sabe não sento agora e escrevo meu poema imortal?
Por enquanto vou dando aí de Superman, driblando contas a pagar, pensando nos alunos que não querem nada comigo, no filho indo para o vestibular... na preguiça diária, na vontade que tenho de jogar tudo para o alto [o carro aí em cima...] e deitar-me numa nuvem e ficar olhando o azul do céu sem hora pra terminar!?
domingo, 12 de agosto de 2007
Morning Theft
Time takes care of the wound
So I can believe
You had so much to give
You thought I couldn’t see
Gifts for boot heels to crush
Promises deceived
I had to send it away
To bring us back again
Your eyes and body brighten
Silent waters, deep
Your precious daughter in the
Other room, asleep
A kiss “Goodnight” from every
Stranger that I meet
I had to send it away
To bring us back again
Morning theft
Unpretender left
Ungraceful
True self is what
Brought you here, to me
A place where we can
Accept this love
Friendship battered down by
Useless history
Unexamined failure
But what amI still to you
Some thief who stole from you?
Or, some fool drama queen
Whose chances were few?
That brings us to who we need
A place where we can save
A heart that beats as
Both siphon and reservoir
You’re a woman, I’m a calf
You’re a window, I’m a knife
We come together
Making chance in the starlight
Meet me tomorrow night
Or any day you want
I have no right to wonder
Just how, or when
You know the meaning fits
There’s no relief in this
I miss my beautiful friend
I have to send it away
To bring her back again
sábado, 11 de agosto de 2007
Estive viajando por aí...
"Si me faltaras, yo voy a morirme, si he de morir quiero que sea contigo, Mi soledad se siente acompañada / por eso a veces es que necesito. Tu mano, tu mano eternamente tu mano..." Canção emocionada, bela canção de amor!É disso que sinto inveja, de não poder compor poemas tão belos quanto ouvi no Minas Ao Luar, dia 11/08...
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
A outra poesia do meu *outro eu...
Eras uma presença branca
A louça de estréia
Comodamente colocada sobre a toalha de linho.
E você me falava das manhãs
Do seu fardo da profissão
Dos meninos inteligentes e de suas filosofias velhas.
Perguntavas-me como podiam saber tanto com tão pouca vida.
Deliciavas-te.
No sorriso meio de lado
A xícara de café feito na hora
Os lábios de um vermelho tênue beliscavam a sedução.
Vi tuas mãos nesta manhã
Enquanto tomava o meu café
A moça sentada, a cabeça baixa
Sôfrega.
Mas as mão...
As mãos teimavam em recobrar nossos dias idos.
As lembranças passam nas vitrines
As pessoas assistem às outras sentadas num café.
A praça movimentada num vai-e-vem de gentes.
Os prédios um ao lados dos outros.
Se tivesses falado do teu amor
Eu saberia ver na cidade
Os véus da minha inconsciência.
Eras linda nas tuas vestes diárias,
O cabelo sensualmente despencados
O colo, a testa, as orelhas
Ficavas absorta nas músicas que eu machucava no piano.
Varrias de um lado a outro
Rias das experiências que o meu ciúme atrapalhava.
À noitinha
Picavas o queijo de modo delicado
Colocavas tomates secos e pão de folha
Azeitonas pretas, rúcula
E o azeite,
Abrias o vinho.
Na minha casa mulher mandava.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Violetas...
Homenagem à Sasha!
Fernando Pessoa
Talvez este seja um dos dias mais sofridos da minha vida. Nunca senti amor tão grande. Quero fazer nesta página uma homenagem à pessoa que dedicou todos os 9 anos de sua existência a mim, nunca me criticou, aceitava-me com meus erros, minhas intolerâncias, minhas injustiças e todos os meus defeitos... me cobrou somente carinhos e me escutava em silêncio...
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Meu coração anda assim...
MAS os dias me alegram todas as manhãs com o sol que aos poucos vai iluminando a cidade,
a sensação de amor é a mesma da morte... é meio estranho isso, tal comparação. penso que seja a sensação de estrangulamento que sinto em meu peito, uma certa falta de ar por perceber-me órfã. em estado de amor também ficamos orfãos de nós mesmos, nos abandonamos pelo outro. na morte, somos abandonados por quem amamos. e choramos por nós mesmo, enquanto no amor, choramos pelo outro!
recebi uma crítica de um garoto que teima em infernizar meus dias. indireta, mas crítica! disse-me que cães não tem alma. eu teimei com ele, dizendo que todos os seres vivos têm uma alma. perguntou-me se eu comia carne! eu balancei a cabeça indecisa. "vc monta em cavalos, não? - continuou irônico - pois não deveria, já que defende tão emocionada a sua causa!"
daniel é um garoto lindo, cabelos negros, bem aparados, rosto perfeito, pele branquinha, feito um veludo, de tom angelical. tocar seu rosto deve ser alcançar, tocar plenamente o paraíso. eu disse a ele: Vc não gosta de mim! eu sei! ele me seguiu assim que os dispensei da aula de teoria poética. intempestiva, sai pelo corredor, mergulhei na noite e nas minhas aflições. mais uma vez eu olhei seus olhos, e ele aflito roía os cantos dos dedos, enquanto eu carregava dentro de mim a morte e todas as minhas outras impossiblidades
domingo, 5 de agosto de 2007
...o bêbado!
sábado, 4 de agosto de 2007
Olha o que li por aí...
Sócrates
Voltando ao bêbado...
Eu invejei o bêbado. Quantas vezes não tive o desejo de fazer o que ele fez. Por ironia, desistimos e em nome de nossa falta de coragem e do medo, engolimos pessoas, empregos, pretensões. Deixamos de ir viver a vida e criamos personagens atrás da tela do computador. Desistimos da vida.
E o bêbado vai indo, equilibrando-se, ousando e destituindo a mente dos conservadores. Desconstruindo fio a fio tudo aquilo tecemos e esculpimos sobre nosso rosto.
Abra este link: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=697
Bêbado que nem um porco no mundo da lua...
Ouça a música Lilac Wine, de Nina Simone que Jeff B. canta soberbamente...
"Lilac Wine"
I lost myself on a cool damp night
I gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see
and be what I want to be
When I think more than I want to think
Do things I never should do
I drink much more than I ought to drink
Because I brings me back you...
Lilac wine is sweet and heady,
like my love
Lilac wine, I feel unsteady,
like my love
Listen to me...
I cannot see clearly
Isn't that he coming to me nearly here?
Lilac wine is sweet and heady
where's my love?
Lilac wine, I feel unsteady,
where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that he, or am I just going crazy, dear?
Lilac Wine, I feel unready
for my love...
Bêbado e realizado!!! kkkkkk
Minha amiga Mariangela Farah dia desses encheu a cara. Literalmente, encheu a cara. Dormiu como um~.~.~. passarinho ~.~.~.bêbado, ou melhor uma grande ave bêbada. Mariangela parece uma garça esbelta, elegante. E nunca, nunquinha a imaginei bêbada. Feito um gambá...
Sem titubear, vou a cozinha, pego o gelo e coloco um dose poderosa de Arak num copo próprio para este tipo de bebida. O primeiro trago é forte, mas aos poucos o sabor do anis sorve minha garganta, meu corpo todo, e principalmente a mente.
Nunca escrevi sobre o efeito dessa bebida que, segundo meu amigo Eli, tem efeito narcótico poderoso. Das arábias. E o meu é poderoso, veio de Biblos, autêntica bebida.
O primeiro efeito chega: mãos geladas, tumulares... Gostaria de ficar azul, como Sidarta nos livros de história.
Ouço "Sous le Ciel de Paris" na voz passarinhante de Edith Piaff... Minha mente dá voltas com a música! Sou uma sofisticada. Nenhum dinheiro no banco, contas a pagar, sonhos a realizar. Não sei por onde começo! Se pelos sonhos, pois já sonho demais, menino! Ou as contas? Só se for por contagotas. O dinheiro anda em gostas... para todos n o meu país! Ainda hoje li uma reportagem na Isto É que diz qeu o brasileiro está enriquecendo. Bem, o ricos estão cada vez mais ricos! Há um alento em tudo isso, pois temos o que dizer em nossas crônicas ou artigos políticos.
Pots, como diz minha amiga *Elze e Ninguém mais (nome prosaico, adorável!), escuto Nina Simone e escrevo minhas perturbações pedagógicas de um piano machucado ao fundo. Um estudo infantil em bemol, entristecido e trágico! Eu não sou trágico. Apenas sinto admiração pelo nebuloso, entristecido, um charme blues. Adoro especialmente a palavra m-e-l-a-n-c-ó-l-i-c-o... e ela canta ...the rain drops never follows little boy blue ... little girl blue ...
Este poema? Não sei, não... Andava meio niilista, suicida demais...kkkkkkk
Solidão à vista!
E olho meus olhos secos do tempo
O sol apareceu de leve
E a música do Chico alerta
Este amor tende acabar
A música entra suave nos sentidos
A gripe suarenta aos poucos me deixa
Mas ainda estou perdida nalgum canto
Numa outra estrada perdida.
Na tela do computador
Fui deusa, flor azul
Motoqueira, músico, escritor...
Poemas, mentiras, retratos...
Perfume de Domingo
Feijão na panela, carne seca, paio e toucinho
Sei não, me deu uma vontade de morrer!
Acho que incorporei algum poeta noctívago!
E a gripe não sara!
24/06/2007