domingo, 6 de janeiro de 2008

Minha alma encarcerada e sem evolução...


....que dialeticamente evoluiu desse sentimento.

No sábado antes da véspera do Ano Novo, fui buscar um aparelho eletrodoméstico imprescincível para os cabelos daquelas que aspiram a fios orientais...rs!

: um mísero secador que nos deixa loucas na sua ausência. Talvez até mais do que a triste ausência do ser mais amado....

Mas o que digo é uma troça apenas!
Eu quero dizer é a que um dia iluminado de sol nos remete.
O lugar em que fui buscar meu secador de cabelos é na Rua Aparecida. Uma rua muito antiga da minha cidade, que os anos não estão sabendo conservar. Casas ancestrais, de arquitetura do início do século XX são substituídas diariamente por imensos caixotes de cimento armado - porque na minha cidade resolveram derrubar aquilo que é arte e substituirem por caixotes horríveis de cimento, com janelas baratas e portais ridiculamente construídos para economizar dinheiro, estereotipados no lugar comum, sem nenhum designer, coisas de país subdesenvolvido e de um povo que não dá valor aos antepassados.

... mas andar por essa rua me traz muitas lembranças.

No momento em que passei por essa Igreja - a primeira Igreja Ortodoxa construída no Brasil - parei e a fiquei admirando entre as grades, sentindo os perfumes de uma terra distante.
O sol estava brilhante, o azul limpo e incrível me aconchegava na saudade dos tempos bons qeu tive especialmente nesta rua.
Neste dias ensolarados, com prazer eu recordo de uma pessoa que amo imensamente.
Dizer que amo já é o suficiente, porém parecem poucas as sensações que estes dias me despertam no amor que eu sinto.
Sim, tenho saudades... de um sorriso parecido com esse céu azul e de um campo de margaridas brancas.
...e entre esse misto de sentimentos de presença-lembrança, eu tive que amadurecer.
Mas ainda sinto aquela dor apertada, aquelas lágrimas duras que descem pela alma de não ter mais você aqui, nessa rua. Nem sua casa existe mais!
... e o sol no azul infinito de um começo de manhã deste dia especial me fez sentir você, comigo... próximo-distante, em terras mágicas em que minha alma busca os seus perfumes...