domingo, 15 de junho de 2008

Sobrenomes e pessoas....rs!

"Que é Montecchio?
Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo.
Sê outro nome.
Que há num simples nome?
O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume.
Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título.
Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira."
(Julieta, Ato II, Cena II)

Sabem o João? o João, genteeeeeee?! O Prudente! O Pires! O companheiro da Xícara!!!! Aquele que me enviou a foto e este lindo poema aí...

A foto aí é do João, o Prudente!
São Luiz do Paraitinga, Vale do Paraíba.
And.... tenha a certeza que não deixarei que o riacho fuja e leve nossos sonhos,
nossos rostos infantis, nossas nuvens e pedras...
O Riacho
Me pergunto se este é o riacho
Que nos viu brincar na infância
Se esses rostos
Que ainda sorriem de seu leito de pedras,
São as crianças que éramos então.
Se esta água fresca e agradável
Que hoje se junta e escorre entre meus dedos,
A que nos refrescou os pés descalços,
E nos colocou a roupa no corpo.

Me pergunto se essa pedra lisa,
Que ainda pula e pula e pula,
Sobre as tranqüilas águas do riacho,
Ainda procura respostas
Para nossas charadas infantis.
Se esses gigantes brancos feitos de nuvens
São aqueles aos quais tentávamos dar nomes
Quando deitados na grama alta
Não sabíamos o que fazer com nossos corpos.

Te proponho regressar ao nosso riacho,
Ali depositar as lágrimas
De nossos adultos transcursos,
Talvez acertar aquela charada,
E nos encher de todas as respostas.
Mas, seja apressado, amor
Não deixe que o riacho fuja
Para o mar, longe de nós,
Levando consigo
Nossos rostos infantis,
Nossas nuvens e pedras,
Nossos sonhos,
Nossos pequenos corpos incapazes.

(Carlos Verdecia Poeta e Jonalista Cubano)

Nossa! fui eu quem escrevi este poema???

Outono

Os primeiros pontos da estação
Vêm tristemente com o vento que bate janela a dentro
Céu cinzento
Cor de alma que foi sem querer
Cor de amor mal curado
Cor de vida sem viver...

Bastam as cores das saudades que vêm
E vêm soltas na amplidão do caminho sem volta
Sem vida, seco de tanto não ser...

Minha alma está encerrada em si...
Num canto Doloris Matter Chirstus
E cerram as cortinas de cor púrpura
Lacrando toda vida que sucumbe ao desamor

Desamor de alguém
Desamor de tudo que me cerca.