eu nunca escrevi sobre a morte, porém ela anda rondando minhas páginas, minha vida... desde muito cedo assombrava-me levando pessoas e amigos que admirava... durante as noites, temia encontrar com aqueles meus velhos conhecidos. a realidade nua é que eu tinha medo de gostar daquele encontro e querer ir embora com eles...
MAS os dias me alegram todas as manhãs com o sol que aos poucos vai iluminando a cidade,
a sensação de amor é a mesma da morte... é meio estranho isso, tal comparação. penso que seja a sensação de estrangulamento que sinto em meu peito, uma certa falta de ar por perceber-me órfã. em estado de amor também ficamos orfãos de nós mesmos, nos abandonamos pelo outro. na morte, somos abandonados por quem amamos. e choramos por nós mesmo, enquanto no amor, choramos pelo outro!
recebi uma crítica de um garoto que teima em infernizar meus dias. indireta, mas crítica! disse-me que cães não tem alma. eu teimei com ele, dizendo que todos os seres vivos têm uma alma. perguntou-me se eu comia carne! eu balancei a cabeça indecisa. "vc monta em cavalos, não? - continuou irônico - pois não deveria, já que defende tão emocionada a sua causa!"
daniel é um garoto lindo, cabelos negros, bem aparados, rosto perfeito, pele branquinha, feito um veludo, de tom angelical. tocar seu rosto deve ser alcançar, tocar plenamente o paraíso. eu disse a ele: Vc não gosta de mim! eu sei! ele me seguiu assim que os dispensei da aula de teoria poética. intempestiva, sai pelo corredor, mergulhei na noite e nas minhas aflições. mais uma vez eu olhei seus olhos, e ele aflito roía os cantos dos dedos, enquanto eu carregava dentro de mim a morte e todas as minhas outras impossiblidades
MAS os dias me alegram todas as manhãs com o sol que aos poucos vai iluminando a cidade,
roubando delicadamente as suas cores. estou ouvindo Morning Theft (Manhã Roubada), canção melancólica, arrastada, fluida, sentida... o hálito que eu sinto no rosto enquanto ouço essa música é de morte. não da morte trágica, mas daquela que nos rouba quem amamos e nos sentimos doloridos de uma dor inexplicável. há tempos que não sinto um amor assim tão forte.
sentir a morte é como sentir um amor forte. são ações opostas, porque amor é vida, e morte é o fim de quem amamos. a sensação de amor é a mesma da morte... é meio estranho isso, tal comparação. penso que seja a sensação de estrangulamento que sinto em meu peito, uma certa falta de ar por perceber-me órfã. em estado de amor também ficamos orfãos de nós mesmos, nos abandonamos pelo outro. na morte, somos abandonados por quem amamos. e choramos por nós mesmo, enquanto no amor, choramos pelo outro!
recebi uma crítica de um garoto que teima em infernizar meus dias. indireta, mas crítica! disse-me que cães não tem alma. eu teimei com ele, dizendo que todos os seres vivos têm uma alma. perguntou-me se eu comia carne! eu balancei a cabeça indecisa. "vc monta em cavalos, não? - continuou irônico - pois não deveria, já que defende tão emocionada a sua causa!"
daniel é um garoto lindo, cabelos negros, bem aparados, rosto perfeito, pele branquinha, feito um veludo, de tom angelical. tocar seu rosto deve ser alcançar, tocar plenamente o paraíso. eu disse a ele: Vc não gosta de mim! eu sei! ele me seguiu assim que os dispensei da aula de teoria poética. intempestiva, sai pelo corredor, mergulhei na noite e nas minhas aflições. mais uma vez eu olhei seus olhos, e ele aflito roía os cantos dos dedos, enquanto eu carregava dentro de mim a morte e todas as minhas outras impossiblidades