segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Lua pintou o céu azul cobalto
com a sua metade
e espero que essa seja a mais longa noite de toda a eternidade
para não chegar o amanhã.

Não quero rezas, nem flores
Nem véus de noiva e flor de laranjeira.
quero fugir em meio as bananeiras do quintal
esconder-me  no nicho criado sob suas folhas secas.

Se eu puder
quero voar no parapente a motor
que passa, levado pelo vento
no final de todas as tardes

Não quero ouvir sua voz,
quero tapar meus ouvidos e meus olhos
Não quero ver o azul do céu
Nem o sol.
Fugir apenas - este é meu destino para o amanhã.

Quero ficar com o corpo morto
e meus sentidos amanhecidos
sonhando comigo e com você
Neste balão gigante!