domingo, 13 de janeiro de 2008

A Lorene e seu AMOR lá longe...

Matisse
Há um som de abrir uma janela.
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.
Meu Deus, tanto sono!...
in O sono Que Desce Sobre Mim. Fernando Pessoa