terça-feira, 27 de abril de 2010

Pipas e Papagaios

Não me deixe te esquecer!
As mexericas já estão maduras
Deixando os seus suaves sumos pelos ares
e quando vê
já é outra estação.



O céu azul de Abril
o vento fresco levando folhas
e as pipas correndo céus
com suas formas multicores.



Nunca aprendi fazer pipa:
É coisa de moleque, gritava o Brasa.
Mas fazia papagaios de rabos longos,
Maranhão, aquele sem rabo e com franjas!



Nas manhãs de céu limpo e vento
bem cedo eu preparava o carretel
subia o quintal de cima de casa
e lá ficava horas
viajando junto com as cores do infinito.



Amor devia ser assim,
coisa que a gente puxa pela linha,
distrai um pouco,
dá soquinho no carretel
pra ver a pipa dar cabeçada
e voltas longas no ar
até retomar o caminho
e trazê-lo de volta,
intacto.
Para o José Victor