sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Duas pessoas especiais - Sheila Vira-lata e Ronald Claver


Ando meio-sem-ter-o-que-dizer, estou compondo com os dedos, fazendo artesanato. Enveredei-me por outras arte e comecei a ganhar dinheiro com ela - o que é muito bom! Mas também faço por amor ao artesanato, acho que componho melhor com as linhas, as fitas, as contas, os laços e crochet. Por isso resolvi colher palavras-flores por aí para encerrar esse 2010, que foi meio duro, desassossegado... Esperemos, então, o 2011, acreditando que tudo possa ser passado a limpo com mais amor da Sheila  e rejuvenescimento do Ronald! 

Voilá 2011!

Eu te amo

Estou cá tentando escrever a última postagem de 2010, mas a inspiração insiste em fugir de mim. Tentei até me apoiar em Vinícius de Morais (esta noite, sonhei que ele estava sentado à minha direita numa mesa de bar) ou Jesus Cristo (amai-vos uns aos outros), em vão. Queria dizer que na era da internet, em que o tempo voa veloz, os amores seguem o mesmo ritmo. Não apenas entre amantes, mas entre amigos, colaboradores, parceiros, todos, enfim. O mundo está carente de amor porque as pessoas não sabem ou desaprenderam a amar. No mundo virtual e no real, tudo é passageiro, a fila corre, superágil, enquanto os sentimentos, ressequidos, exalam artrite e naftalina. Gostaria de acreditar quando me dizem eu te amo, mas estas três palavras foram tão banalizadas que ficou fácil de pronunciá-las. Antes, pensava-se mais antes de dizer. Hoje, dizem sem pensar. Falam sem amar. Desejo que em 2011 as pessoas, crianças, jovens e idosos reaprendam o significado dessas palavras. Que o ser humano ame mais, independente de semelhanças, mas com o coração e mente lúcidos, conscientes do real significado do amor. Parece brincadeira, mas não é: só o amor salva.



Poeminha para o fim de ano - Rito de Passagem


A CAMA desarrumada é um mar revolto
A GAVETA semiaberta com cuecas, meias, toalhas despencando
é uma festa no convés de um navio pirata
A NESGA da janela é um postal da Bahia
O SONHO na mesa do bar é um mar na esquina
NA PAREDE da morada nova duas janelas se abrem
uma para dentro, outra para fora
É O VELHO/novo amor se rejuvenescendo e pedindo
passagem.


Ronald Claver