terça-feira, 13 de novembro de 2007

Versos de Lorca

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beberem na lua
e dormirem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez?
Que culpa tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!

Na Primavera a calmaria, tranquilidade, uma quimera/ Queria sempre essa alegria/ Viver sonhando, quem me dera....