terça-feira, 24 de novembro de 2009




 "No momento em que nos comprometemos, a providência divina também se põe em movimento. 
Todo um fluir de acontecimentos surge ao nosso favor. 
Como resultado da atitude, seguem todas as formas imprevistas de coincidências, encontros e ajuda, que nenhum ser humano jamais poderia ter sonhado encontrar. 
Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar.

A coragem contém em si mesma, o poder, o gênio e a magia.”

domingo, 15 de novembro de 2009

Os 4 poemas de Minas... Linda Dora!!!



Dora,rainha do frevo e do maracatu
Dora,rainha cafusa de um maracatu
Te conheci no Recife
Dos rios cortados de pontes
Dos bairros,das fontes,coloniais.
Dora,chamei
Ò Dora!...Ò Dora!
Eu vim à cidade
Pra ver você passar
Ò Dora...
Agora no meu pensamento eu te vejo requebrando
Pra cá,ora pra lá
Meu bem!...

Os claruns da banda militar,
Tocam para anunciar
Sua Dora vai passar,
Venham ver o que é bom.

Ò Dora,rainha do frevo e do maracatu
Ninguém requebra nem dança,
Melhor que tu.
Dorival Caymmi

"Negra como a noite que a luz repele,
Orgulha-te da linda cor da tua pele
E do teu cabelo artisticamente trançado...(Agenor)

Mulher negra, negra mulher,
venha o tempo que vier,
és sinônimo de coragem.
Mulher negra, negra mulher,
fica aqui esta homenagem....(Jorge Linhaça)"

sábado, 14 de novembro de 2009

Autumn Leaves para Jacqueline....



(http://intothehermitage.blogspot.com/ - The Hermitage - créditos da imagem)

Não gosto de calor!
Nesta época fico procurando no google imagens fotos do outono em outros países.

No blog Certains Points de Vue (http://certainspointsdevue.blogspot.com/) , a Jacqueline saiu fotografando Genebra em sua mais pura canção de Outono.... Lá é frio, muito frio, eu sei! E sei também que o inverno deixa boa parte da população dos países nórdicos deprimidos...
O verão nos deixa mais intensos, belos, dourados, vitaminados... Mas há um sempre mas na minha existência - gosto da aproximação que o Outono e o Inverno trazem.

Ponto básico - não suamos!

Temos suado muito nos últimos dias. O trabalho prazeroso torna-se um tormento. Nem á agua fria e a brisa fresca que vem das montanhas refrescam.

Minha mãe diz que estou exagerando, Guaxupé não é tão quente assim. As temperaturas chegam à 27 graus, o que pra mim é calor imenso, tórrido, do Nordeste! Rs...
Desde bebê, ela diz, que o calor é um tormento pra mim - eu ficava irritada, ranheta, virava o travesseirinho para o lado mais geladinho. Mudava de lugar no berço, virava o tempo todo do sono... desde muito bebê...

À tarde era uma alegria! Abria torneiras do quintal ou do esguicho do jardim e me banhava toda. Parecia uma índia, vivia só de calcinha...


Não aguento mesmo o calor!
Por isso tenho inveja de quem mora lá em cima do mundo, com suas folhas red and gold... When autumn leaves start to fall...
Essa postagem eu desejo a minha querida amiga do Outono de Genebra - a Jacqueline!


Nat King Cole — Autumn Leaves 
(french lyrics by jacques prévert,
English lyrics by johnny mercer,
Music by joseph kosma)

The falling leaves drift by the window
The autumn leaves of red and gold
I see your lips, the summer kisses
The sun-burned hands I used to hold

Since you went away the days grow long
And soon I'll hear old winter's song
But I miss you most of all my darling
When autumn leaves start to fall

C'est une chanson, qui nous ressemble
Toi tu m'aimais et je t'aimais
Nous vivions tous, les deux ensemble
Toi que m'aimais moi qui t'aimais
Mais la vie sépare ceux qui s'aiment
Tout doucement sans faire de bruit
Et la mer efface sur le sable les pas des amants désunis

Grace.... Jeff Buckley



There's the moon asking to stay
Long enough for the clouds to fly me away
Well it's my time coming,
I'm not afraid to die
My fading voice sings of love,
but she cries to the clicking of time
Oh, time,
Wait in the fire...
And she weeps on my arm
Walking to the bright lights in sorrow
Oh drink a bit of wine we both might go tomorrow
Oh my love...
And the rain is falling and I believe my time has come
It reminds me of the pain I might leave behind...
Wait in the fire
And I feel them drown my name
So easy to know and forget with this kiss
I'm not afraid to go but it goes so slow...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Poder compartilhar - Danuza Leão




Se a alegria era tão grande, por que ela não me bastava, por que precisava contar? Não posso ser feliz sozinha?
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 QUANDO ACONTECE uma coisa bem boa, qual é meu primeiro impulso? Contar para alguém; aliás, contar para vários alguéns, contar para o mundo. Eu pego o telefone e vou ligando, pela ordem de amizade, só que nem sempre o universo conspira a meu favor.
Outro dia, às 2h da tarde, tive uma boa notícia e corri para o telefone. Na primeira chamada, atendeu a secretária eletrônica, mas nem deixei recado. Na segunda, o celular estava fora de área, na terceira, ouvi um "não está dando para falar agora, te ligo mais tarde"; a partir daí, nem lembro mais. Só poderia contar minha alegria a alguém muito íntimo, e tive aí o primeiro susto: quantos amigos íntimos eu tenho? Poucos, muito menos do que eu imaginava.
Será que Roberto Carlos conseguiu ter 1 milhão de amigos? Se eu tenho tão poucos, a culpa deve ser minha, claro, que não procuro ninguém, e quando me convidam para alguma coisa, com raras exceções, arranjo uma desculpa e digo que não posso ir. Aí fico pensando: preciso mudar. Vou começar abrindo minha agenda e ligando para pessoas que não vejo há séculos para dar um alô, dizer que estou com saudades, perguntar pela vida e terminar a conversa com o inevitável "vamos combinar de almoçar, te ligo". E aí, vou ligar? Já sei que não, e se a pessoa me ligar, talvez diga que estou cheia de trabalho, na segunda-feira vou viajar, que telefono quando voltar. Difícil ser difícil, e difícil deixar de ser.
Com tudo isso até me esqueci do principal: continuei sem ter ninguém com quem compartilhar minha alegria. E é curioso: se minha alegria era tão grande, por que ela não me bastava, por que a necessidade de contar para o mundo? Será que não posso ser feliz sozinha? Por que será que quando se trata de boas  coisas preciso que o universo saiba, e quando estou triste prefiro ficar muda, sozinha? Fiquei pensando em tudo isso, mas continuei sem ter com quem falar sobre minha alegria, que àquelas alturas nem era mais tão grande assim.
O dia foi passando e eu esperando que meus poucos amigos íntimos chegassem em casa para poder contar. Às 7h recomecei a telefonar, e mesmo sem todo aquele entusiasmo, fui logo contando o "acontecido".
A reação foi morna. "Ah, mas que ótimo, parabéns, você deve estar feliz". Mais uma ou duas frases sobre o assunto, e a conversa passou a ser a de sempre: a violência do Rio, o quanto vão roubar com as obras da Olimpíada, a próxima eleição, a dieta que não se consegue fazer, a ginástica que vai mal, e daí a pouco a conversa acabou, com um "vamos ver se a gente almoça no fim de semana", e ponto.
Um pouco mais, um pouco menos, foi igual com todos os meus poucos amigos íntimos, e minha alegria, que tinha sido tão grande, murchou. Eu é que sou louca, pensei, afinal não havia motivo para tanta euforia.
Ou será que havia? E lembrei  de meu pai e de minha mãe; os pais são as únicas pessoas que têm todo o tempo do mundo para nos ouvir e são solidárias não só nas nossas tristezas como também nas nossas felicidades.



Estou sendo injusta,  nossos analistas também nos ouvem; mas às vezes a gente precisa mais do que de quem nos ouça. Precisa que nos ouçam com afeto.