sábado, 28 de junho de 2008

Pé-de-Moleque de Microondas....

Doce para Festas Juninas

Ingredientes:
1 rapadura (clara e de boa procedência)
1 lata de Leite Condensado Moça
1/2 k de amendoim (comum ou japonês) torrado e sem pele. Triture o amendoim grosseiramente em um multiprocessador ou liquidificador. Reserve 1 xícara de amendoim inteiro.


Modo de Fazer!!!!

Em uma refratária funda ou tigela grande, coloque a rapadura picada em pedaços e leve por 5 minutos ao microondas em potência máxima.Retire do microondas, mexa com uma colher de pau. Acrescente o leite condensado, misture, incorporando os dois ingredientes. Volte a mistura novamente ao microondas por mais 5 minutos. Não é necessário dar pausa no cozimento. Após os 5 minutos, mexa com a colher de pau até parar de borbulhar. Acrescente o amendoim moído grosseiramente e a xícara reservada. Bata o doce até dar ponto. Quando o doce começar a ficar pesado ao bater e perder um pouco o brilho, despeje em uma assadeira média untada com manteiga. Deixe amornar e corte os pés-de- moleque.É realmente delicioso e você não gasta muito tempo para fazê-lo. Rende muitos docinhos. Se fizer duas receitas, darão cerca de 200 bons pedaços. Cada receita deve ser feita separadamente, a fim de não derramar a mistura no micro, pois a rapadura sobe na refratária, por isso ela tem que ser funda.

Depois de esfriar é só convidar a turma!!!!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Pula a fogueira Ioiô.... pula a fogueira Iaiá... Cuidado para não se queimar!











Profundamente
Manuel Bandeira

Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.

No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncioComo um túnel.

Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.
*
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
Texto extraído do livro "Antologia Poética - Manuel Bandeira", Editora Nova Fronteira – Rio de Janeiro, 2001, pág. 81







domingo, 22 de junho de 2008

O tempo não pára, não pára, não.... Não pára!

Saí pra caminhar mais uma vez. O domingo está terminando. Eu gosto de caminhar quando algo me deixa sem esperança ou de alguma maneira me tira o conforto. Sempre que retorno delas, estou mais feliz do que as havia começado.
Hoje, fui novamente àquele pé de Alecrim que tem no jardim do bairro Nova Floresta. Gosto de caminhar naquela avenida e sentir o cheirinho do vento quando bate em sua floração . Recordo da minha infância, de quando minha avó fazia quitandas e varria o forno de barro com vassouras desse Alecrim do Campo. Ele me faz pensar na poesia de Adélia Prado que diz assim:


“Nasceu no meu jardim um pé de mato
que dá flor amarela.
Toda manhã vou lá pra escutar a zoeira
da insetaria na festa.
Tem zoada de todo jeito:
tem do grosso, do fino, de aprendiz e de mestre.
É pata, é asas, é boca, é bico, é grão de
poeira e pólen na fogueira do sol.
Parece que a arvorinha conversa.”
ANÍMICO, de Adélia Prado
....e me recordo também das pessoas que passaram e passam pela minha vida que têm certa “parecença” com esse pé de mato tão encantador, tão suave. As suas florinhas não são amarelas, são brancas e têm um forte perfume de mel. Faz tempo que passo por ele, uns 4 anos ou mais. Era pequenino, confundia-se com os outros matos do caminho... Hoje está um pouco maior do que eu, com sua “ensetaria na festa”, derrubando poeira e grãos de pólen, bêbedas de aroma e de mel.
Esse Alecrim mexe comigo, como a saudade... “O que me dói não é /O que há no coração / Mas essas coisas lindas / Que nunca existirão... (versos de Fernando Pessoa) aquilo que poderia ter sido e que não foi por inocência, imaturidade, por falta de aprendizado. Quando jovens, não percebemos o tempo e as pessoas; envelhecidos, perdemos esse tempo, ele não volta. Somos tudo aquilo que éramos, mas o tempo é um vilão, tira-nos a vida do que poderia ser para sempre. Então, desanimados, fechamos o livro, observamos a paisagem e sonhamos com outras vidas, com atos mais instantâneos, menos conservadores. Não estou me sentindo velha, só lamentando as pessoas que passaram pela minha vida e não ficaram como eu gostaria que ficassem. Que não fossem embora!
... mas elas se vão, como eu deixei a vida de muitas. Seria bom se pudéssemos guardá-las em nossa caixa de recortes e quinquilharias de lembranças para sempre. Mas para sempre é também um tempo muito longo, e às vezes me pergunto ‘por que as pessoas ficam? ‘O que faz com que elas fiquem?’ Talvez as tenham mandado embora através das mensagens do meu mundo incomunicável, secreto, privado. Eu gostaria que tivessem ficado como a paisagem que vejo todas as tardes quando caminho – o céu e suas nuances multicores, o Sol descendo atrás das montanhas , a Lua, as estrelas e meu pé de Alecrim cheiroso....
Às vezes tenho a impressão que essas pessoas que se foram, quando fica ruim do lado de lá, lembram-se do lado de cá e vêm beber a água limpa da minha fonte que os tempos modernos não poluíram. Eu tenho um outro amigo que sempre me liga ou vem aqui na minha cidade só pra me ver e conversar, pois diz que eu pareço uma fazenda, cheia de flores e capins cheirosos, cheia de vida e de lugares próximos da saudade. Eu gosto dessa definição, não existe coisa mais romântica pra se descrever alguém. E quando fica ruim do lado de lá, como ele diz, ele foge pro lado de cá pra relembrar que a vida é bonita e colorida como só os meus olhos sabem ver...

domingo, 15 de junho de 2008

Sobrenomes e pessoas....rs!

"Que é Montecchio?
Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo.
Sê outro nome.
Que há num simples nome?
O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume.
Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título.
Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira."
(Julieta, Ato II, Cena II)

Sabem o João? o João, genteeeeeee?! O Prudente! O Pires! O companheiro da Xícara!!!! Aquele que me enviou a foto e este lindo poema aí...

A foto aí é do João, o Prudente!
São Luiz do Paraitinga, Vale do Paraíba.
And.... tenha a certeza que não deixarei que o riacho fuja e leve nossos sonhos,
nossos rostos infantis, nossas nuvens e pedras...
O Riacho
Me pergunto se este é o riacho
Que nos viu brincar na infância
Se esses rostos
Que ainda sorriem de seu leito de pedras,
São as crianças que éramos então.
Se esta água fresca e agradável
Que hoje se junta e escorre entre meus dedos,
A que nos refrescou os pés descalços,
E nos colocou a roupa no corpo.

Me pergunto se essa pedra lisa,
Que ainda pula e pula e pula,
Sobre as tranqüilas águas do riacho,
Ainda procura respostas
Para nossas charadas infantis.
Se esses gigantes brancos feitos de nuvens
São aqueles aos quais tentávamos dar nomes
Quando deitados na grama alta
Não sabíamos o que fazer com nossos corpos.

Te proponho regressar ao nosso riacho,
Ali depositar as lágrimas
De nossos adultos transcursos,
Talvez acertar aquela charada,
E nos encher de todas as respostas.
Mas, seja apressado, amor
Não deixe que o riacho fuja
Para o mar, longe de nós,
Levando consigo
Nossos rostos infantis,
Nossas nuvens e pedras,
Nossos sonhos,
Nossos pequenos corpos incapazes.

(Carlos Verdecia Poeta e Jonalista Cubano)

Nossa! fui eu quem escrevi este poema???

Outono

Os primeiros pontos da estação
Vêm tristemente com o vento que bate janela a dentro
Céu cinzento
Cor de alma que foi sem querer
Cor de amor mal curado
Cor de vida sem viver...

Bastam as cores das saudades que vêm
E vêm soltas na amplidão do caminho sem volta
Sem vida, seco de tanto não ser...

Minha alma está encerrada em si...
Num canto Doloris Matter Chirstus
E cerram as cortinas de cor púrpura
Lacrando toda vida que sucumbe ao desamor

Desamor de alguém
Desamor de tudo que me cerca.

sábado, 14 de junho de 2008

As velas do Mucuripe sairam para pescar e eu mais uma vez esqueci a "isca", genteeeeeeee

Esta foto foi de um dia calmo como outro qualquer aqui pelas bandas do interior de Minas... Dia corriqueiro, daqueles que dá vontade de dormir quando o sol se vai. Tenho um soooono nessa hora, que dei a ele o nome de "Sono Caipira", pois imagino que na roça as pessoas se levantam com o sol e se deitam com ele. Mas isso foi beeeem antes de existir a televisão, o vidocassete, o DVD, etc... Até na roça as caipiras de hoje são mais modernosas que eu! Vejam só! Tinha umas sobrinhas da roça que brincavam de Barbie, de Xuxa, vestiam as roupagens lançadas pela Xuxa! Detestavam bonecas de trapo, móveis de madeiras, fogãozinho de lenha e panelinhas de ferro... Achavam isso "brega demais, tia"! Eu, continuo gostando disso... até hoje esses brinquedos povoam meus sonhos de criança crescida, já com 47 anos! Parece que não tive infância!? Porém a minha foi e continua sendo muito rica. Hoje faço coisas para minhas sobrinhas que aprendi a fazer quando criança, por exemplo casacos e blusas de tricô. Eu treinava com as bonecas de pano e com as da Estrela também. Aprendi artesanato, a costurar, a fazer tricô e crochê treinando e crescendo, enquanto minhas tias exerciam a profissão de artesãs, que em minha família sempre foi levado muito a sério! Tradições mineiras. Hoje, o que é brega para as novas gerações brasileiras, é chic em outros países. Artesanato é o máximo da arte e da cultura de um povo!
Mas os tempos aqui são outros e ainda sonho com uma maior valorização das mulheres prendadas de cama, cozinha e guarda-roupa! É muito fino uma mulher que saiba fazer tudo isso com delicadeza e ao mesmo tempo ser moderna, ligada a uma profissão de destaque na mídia: daquelas que fazem academia, trabalham 30 horas por dia e ainda fazem comidas legais para os marido, cachecol para os filhos e meias de lã... É claro que exsitem mulheres assim! eu sou uma! Sem pretensões de me chamar de WonderfulWoman...rs!
BUT... eu que eu queria mesmo era falar de uma amigo de muiiiiiitos anos, o João!
O João, gente, aquele que fotografou a cidade na hora do meu "Sono Caipira"....
Pois é... num dos momentos de sono no final da tarde, eu estava numa preguiiiiiiça de dar dó! E tinha resolvido que não sairia para as minhas tradicionais caminhadas do final da tarde. Caminhadas que faço para esticar o esqueleto, espairecer, pensar na vida, olhar a paisagem e sonhar com dias melhores e com meus fantasmas... De repente, sei lá, deu um 'saracotico', uma impaciência e resolvir sair um pouco mais tarde do que o costume. Fui... andei, olhei o céu, olhava pra Lua no momento que ouvi: "Lorena".... Lorena!... Olhei e vi que não conheci a pessoa do carro que me chamava. Pensei ser um ex-aluno! Segui, e daí o João veio em minha direção, parou o carro e então fiquei surpresa, pois havia anos que não o via. O mais engraçado e espantoso que um dia antes tinha pensado nele, não sei por quê. Acho que foi por causa de uma reportagem da UOL sobre um lenda que tinha se tornado realidade - o famoso Unicórneo!
O João não é um Unicórneo! Terminantemente, não! Mas até que parece, gente!... É um bicho maravilhoso, doce, amigo, bom de papo.... Se bem que nunca conversei com um Unicórneo.
Não estranhe quando ler sobre João e o Unicórneo... É que ele, o João, no passado, era fascinado por essa lenda, esse mito, se posso chamar assim... O João era meio doidinho na época que o conheci, gostava de músicas diferentes, como o grupo Renaissence, rock medieval (se isso existe!?), progressivo, que nos envolve numa aura de mistério e fantasia, transcendência... Sempre gostei desse estilo de música, assim como o João! Temos gostos parecidos, e acho que também sonhos de uma terra perfeita, poética, doce e meiga como meu caro amigo João!

Ah, o João foi quem fotografou a cidade no meu momento "caipira"... E o céu estava lilás, como eu gosto!

sábado, 7 de junho de 2008

Blue... blue...blue....


Sometimes....

.... mergulho em uma imensa tristeza... pelo simples prazer de me fazer triste, tocar meu coração, meu pensamento, minha parte de vida que ainda os tempos modernos não levaram. Minha alma é velha, pertence a outras épocas, por isso fico perdida nessa imensidão de informações que me chega por várias vias. Seria infantil querer o mundo intensamente perfeito? Alegre? Humano?

Bem, humano é o que ele é - imperfeito!
Sem sutilezas, pesado, feroz, aniquilante! Nem eu mesma seria capaz de torná-lo melhor, porque não sou melhor do que minha idealização. Não tenho força nem vontade para fazê-lo melhor. Fico esperando que alguém o torne melhor.... Pra mim? Seria isso?


Egoísmos....

enquanto seu lobo não vem.... vou me inspirando por aí!!!!




Dia 29/05 fez 11 anos que Jeff Buckley se foi! Eu quase nem me lembrei da data... estive ocupada com outras tristezas... doença, falta de dinheiro e de perspectiva deste país...

pobreza, miséria, política sem rumo, medo, intolerância etc. Se tivessem visto o que tenho visto por aí, todo o resto seria sem significação nenhuma!

A vida é suave pluma,

vai com o vento buscar novas aventuras....


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Sem inspiração com as palavras...vou fazer poesias com os dedos! Esfriou tudo por aqui! O negócio agora é tricotar!




Coisa mais linda....





Mergulhar nesse mar de cores!!!









O mar não tá pra mergulho, não... tá frio gente! Aqui tá beirando os 10° C já. São 20:10 h de uma noite gelada de Junho! Aliás, eu adoro esse mês. Particularmente pelos dias claros e as noites limpas e explêndidas.
Estrelas, estrelas e mais estrelas....
De vez enquando um balão passa errante... As noites e os dias são profundos em suas cores!
Hoje estou em casa, de licença para cuidar de uns probleminhas de saúde com os velhotes da casa....*Velhotes, e eu no meio! Ando beirando o 1/2 Século! /Rs!
Mas... pensando em não ficar parada, resolvi procurar uns blogs de tricô! Meu Deus! Fiquei louca, pois adoro cores e tricotar! Que arte mais bela!? Se não ando com inspiração para as palavras, vou fazer poesias com as cores, as lãs e os fios.... Boa idéia, não?!
Comecei a fazer um casaco para minha sobrinha... logo, logo postarei a foto aqui! Vai ficar lindo!
Passem por este Blog aí: O Fio da Meada (com que eu vou tecendo a vida...) http://ofiodameada.blogspot.com