quarta-feira, 21 de abril de 2010

Enlevo, de Flora Figueiredo

Eu olho você grande e distante
E da sua grandeza me comovo
E da sua distancia me revolto
Olho de novo.
Procuro reter em minhas mãos sua figura
Mas ela gesticula, oscila e cresce
E numa inconstância distraída
No instante exato
Por trás da vida desaparece.
Um desacato.
Do meu desaponto eu me levanto
Pra levar embora outro desencanto
Mas você me divisa e então me chama

Aguarda, reclama e me convida
E minha vida nessa ansiedade por fim entrego.
E nesse amor feito de espuma colorida
Nós flutuamos: você borbulha, eu escorrego,
Ensaboados, você explode, eu me desintegro.
(Para o José victor, lá em fortaleza...)

Um comentário:

  1. Olá Loreny!!
    Muito obrigada por seu carinhoso recadinho! isto me ajuda a continuar mais animada!!
    Volte sempre que quiser!
    Bjs dourados e boa semana.

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Quem não gosta de um carinho?!...