Eu que sou poeta
amigo das luzes foscas
da neblina
do arvoredo
sofro de amor doentio
fumo um cigarro
agarro-me à bebida
aquela que sofrida vim pedindo de bar em bar,
de caminho a caminho.
Vi ao longe uma luz,
não era um anjo,
estrelas não eram!
Não era socorro,
não era ao menos a solidão
que beira o cais
c'os navio de longe,
os marujos,os viajantes, os negros sobas.
Abri a janela do solário
a neblina cai fina
zune fino, trazendo fantasmas:
você não é jovem,
não é mais criança!
Quando chegara a ser menino,
fazia coisas de menino.
Agora que já não é mais menino,
faças o que é de adulto....
faças coisa de adulto!
Mas ainda me sobra o amor,
aquele que vem sorrateiro, sem eu esperar.
E daí que sou velho,
que discuto pertinências de adulto?
"Porque agora vemos como em espelho?
obscuramente,
então veremos face a face?
Agora conheço em parte,
ou então conhecerei como também sou conhecido?
Inda bem que agora permanece a fé, a esperança e o Amor
- estes três:
porém o maior deste é o
Amor!
(esse poema foi escrito pro Zé, este aí de baixo, de blusa xadrez em vermelho)!)
Amor!
(esse poema foi escrito pro Zé, este aí de baixo, de blusa xadrez em vermelho)!)
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