Morre de manso o regato.
Na igreja repica o sino;
Cheiram as ervas do mato.
Na árvore canta a cigarra;
Há recreio nas escolas:
Tira-se numa algazarra,
A merenda das sacolas.
O lavrador pousa a enxada
No chão, descansa um momento,
E enxuga a fronte suada,
Contemplando o firmamento.
Nas casas ferve a panela
Sobre o fogão, nas cozinhas;
A mulher chega à janela,
Atira milho às galinhas.
Meio-dia! O sol escalda,
E brilha, em toda a pureza,
Nos campos cor de esmeralda,
E no céu cor de turquesa...
E a voz do sino, ecoando
Longe, de atalho em atalho,
Vai pelos campos, cantando
A Vida, a Luz, o Trabalho!
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 1865 — Rio de Janeiro, 28 de Dezembro de 1918) foi um jornalista e poeta brasileiro, foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Olùa minha amiga mineirinha, li e reli teu perfil e vejo o quanto nos parecemos. Difícil encontrar alguém que pense assim, que ame a solidão e assim sou eu também.
ResponderExcluirCada vez que me aproximo do ser humano levo na cara. Aprendi a vier sozinha e em silêncio. Vivo na Net, jamais entro em bate-papo, pois acho perda de tempo. Leio, monto site, crio, escrevo e preparo o meu retorno para o Brasil se Deus quiser em dois anos.
Agora vou ficar freguesa aqui, voltarei para poetisar contigo.
Grande abraço
Alda Inacio