Há muito tempo este filme foi feito por Zefirelli, lá no ano de 1968... eu tinha somente 8 anos.
Mas ainda me lembro da polêmica que foi seu lançamento aqui no Brasil que, aliás, só chegava dois anos após sua filmagem e lançamento. Quando o filme chegou ao famoso Cine São Carlos, acho que tinha uns 11 anos. Era louca por assistir Romeu e Julieta! Na época não pude, pois era proibido para menores de 14. Foi muito frustrante eu não poder ir ao Cinema com minha
Tia Cleusa, meus outros tios mais velhos, eu e meus primos... fui assisti-lo somente depois de bem mais adulta, acho que por volta de uns 22 ou 23 anos. A cena proibida era a famosa nudez de Leonard Whiting, que por sinal tinha um belo bumbum...rs! Meio magro para os padrões nacionais, mas sem dúvida um belo exemplar de potro... coisa mais machista!!!
No entanto... o porquê de eu estar escrevendo ou postando essa fotos é dizer o que este filme faz comigo... Já o assisti diversas vezes, comprei o DVD pela Submarino há alguns anos. E toda vez que vejo, caio numa profunda depressão. Dessas de arrancar um pedaço do peito mesmo. Agora estou melhorzinha... Hoje nem tive vontade de levantar-me da cama. Fiquei assim por umas boas horas.
Procuro uma razão para esse sofrimento. Alguém poderia me explicar o que se passa comigo?
Lembrei de uma pessoas especial, chorei, lembrando de seus olhos, do momento em que o conheci e de todos aqueles que passei a seu lado.
Infelizmente essa pessoa mora longe, muito longe. Tive vontade de ligar. A vontade ficou contida entre os cobertores... mais que o frio fisico, era o frio da alma. E eu fiquei ali contida, na escuridão da noite, observando entre as lágrimas o tremor da luz que entrava pela veneziana.
Pensei novamente em ligar, e como sempre o medo do desconhecido e do ridículo segurou meu ímpeto. Lembrei apenas de chorar. De esquecer mais uma vez.
E agora reflito que a maioria das pessoas esperam os telefonemas que não vêm, que não vieram... acho que é isso que me deixa triste. O medo de ousar. E pelo medo de ousar perdi essa pessoa.
Eles não tiveram, foram ao extremo de seus sentimentos. Eu nem tive força para isso, porque assisto complascente às coisas do mundo? Viajo nas janelas de outras pessoas? Subo ladeiras e estanco dores que não são minhas?
É isso? Será? Será essa a minha dor?
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