As útlimas brumas do inverno pousam nas montanhas
Acordam amantes e suas lembranças boas.
A alma sabe-se:
o amor não volta mais!
Discute sortilégios,
Pergunta-se.
Os olhos baixos,
na fronte séria
conta as pedras do calçamento.
Caminhantes,
os passos escutam-se.
Levanta-se o olhar atônito.
A hipnose da luminosidade reverte a morte,
espargem cores sobre a cidade
em cenas surreais.
O ar frio revolve a música de outras terras.
Traz-na,
envolve o corpo num abraço estérico.
O coração bate doído.
E junto com o sol de todas as manhãs
o cristal das primeiras lágrimas.
O peito está só -
solitário.
(para animar...uma música de Jeff Buckley, Last goodbye...)
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