Narciso era um jovem caçador. Era pretensioso e arrogante, mulher alguma parecia bastar à sua vaidade.
Correu uma lenda que dizia que quando Narciso nasceu, um oráculo teria anunciado que jamais ele poderia ver sua imagem refletida, senão teria vida curta. Tratou seu pai, temendo a sua vida breve, de desvencilhar de todos os espelhos do reino. Ajeitou-lhe um espellho mágico em qeu pudesse ver sua imagem destorcida. Mesmo assim, sua beleza era tal que o arrogante rapaz não desgrudava do bendito espelho.
Um dia extraviou-se dos seus e foi dar com os olhos de uma das ninfas de Diana, Eco, a mais tagarela de todas as ninfas. Eco vagava pelos bosques depois de ser enfeitaçada por Juno, a esposa de Júpiter. Por aí, vocês já imaginaram o que Eco andava aprontando ali pelos entornos do Olimpo...
Por causa de sua extrema beleza, Júpiter tomou Eco em seus braços e, como já tinha gozado dos favores do deus dos deuses, prometeu encobrir mais uma de suas escapadas. Andava envolvido com outra das ninfas de Diana.
Afinal, meter-se com o deus supremo podeia trazer-lhe problemas funestos.
Certo dia, Juno tomada de sua cólera, chegou quase a tempo de flagrar o esposo nos braços da tal ninfa. Eco, temerosa e grata pelos favores de Júpiter, conseguiu que eles escapassem a tempo.
Eco, com todas as desculpas esfarrapadas possíveis, despertou o sentido aguçado de Juno, que não era nada boba.
Na sua tagarelice, Eco ouviu: "Cale a boca! pensa qeu me engana com sua ocnversa mole, sua tagarela!"
Era tarde demais. Porque pretendeu fazê-la de boba, Juno puniu-a, fazendo com que nunca mais conseguisse expressar uma única palavra, mas somente aquelas últimas que escutasse...
Assim as notícias do terrível feitiço espalhou-se pelo reino e Eco, não podendo mais aguentar as injúrias recebidas, afastou-se dos seus e vagou por entre os bosques durante muitos anos.
Aí começa a verdadeira história... Voltando ao ínicio..
Eco encontra-se com o belo Narciso e por ele apaixona-se. Ela tenta então aproximar-se dele. Mas como era um desastre em matéria de amor, não conseguiu. Não podendo explicar o que queria ao jovem, pois apenas repetias as últimas palavras que ouviu, resolveu atirar-se em seus braços.
O rapaz irado, respondeu a ela dizendo: " Não quero seu amor!"
-...quero seu amor... repetiu a ninfa, vendo Narciso dar-lhe as costas e escapar rapidamente por uma vereda do bosque.
Consciente de seu fracasso, recolheu-se para o interior de uma caverna no bosque. Ali, após enfadar-se durante longos anos as paredes da gruta com seus lamentos e lágrimas, viu seu corpo, aos poucos, dissolver-se na escuridão da caverna e passar a fazer parte dela. Da pobre ninfa só restou sua voz cava e profunda, a repetir sempre as últimas palavras que os passantes pronunciavam.
Depois de muitos anos, Narciso cansado das caças, embrenhou pelo bosque, pelas bandas da caverna onde Eco se consumira de tristeza e solidão. Ali perto havia um lago manso e sereno, de supefície lisa e cristalina. Até as árvores recolhiam-se medrosas de sua águas.
Narciso, chegando às margens, debruçou-se para tomar uns goles da límpida água. Ao fazê-lo, percebeu um pessoa que o fitava de dentro da água. Fascinado com a beleza daquele semblante inigualavelmente belo, admitiu que ele era mais perfeito ainda. Apaixonou-se. Tentou sem sucesso conversar com aquela bela efígie, que nada o respondia. Num surto de coragem, debruçou a ponto de tocar-lhe os lábios. Porém, ao fazê-lo, viu o belo estranho turvar-se e fugir-se dele. Pela primeira vez, sofreu as dores do amor não-correspondido.
Apesar de Narciso erguer a voz cada vez mais a suplicar por o seu amor, Eco, vítima da crueldade de Narciso, gozava agora a sua vingança; conseguira calar-se diante da dor do moço, não repetindo sequer um palavra. Ria baixinho e a único som que se podia ouvir era o sussurro produzido pelo vento passando pelas frestas da caverna.
Entristecido pelo amor, Narciso foi perdendo a cor, suas belas formas. Sua faces murcharam, de suas narinas escorria em prantos todas as sua lágrimas e, aos poucos, viu-se incorporar ao leito do lago límpido e sereno. Sem poder consumar o seu amor, transformou-se numa bela flor roxa de folhas brancas, sempre debruçada sobre o leito das águas. Sua sombra infeliz deslizou no barco de Caronte, atravessando o Estige rumo ao país das trevas. Mas nem o o severo barqueiro pde impedir que Narciso, durante sua travessia, lançasse seus últimos olhares para mirar-se nas águas do rio infernal.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Eco e Narciso... conta uma antiga lenda...
Na Grécia, no tempo em que os deuses andavam aqui em meio aos mortais, havia um moço, com os cabelos revoltos como o vento, de pele alva e aveludada como a mais pura pérola do mar e de beleza assim igual. Tão suprema era sua beleza que faziam suspirar os céus e todas as ninfas de seu reino pelo seu amor. Não havia um só que não se dobrasse aos seus encantos.
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