sábado, 29 de maio de 2010

Hoje faz 13 anos que Jeff Buckley se foi!


Lua cheia, o céu de Maio e as perdas que o tempo trata de afastar...

Coisa bonita de se ver é o céu de maio aqui pelas bandas do sul de Minas. Tempo claro, frio,céu azul e sol de dia... à noite, uma linda lua cheia que eu roubei das postagens da Sheila e da Vanessa.  Também tem o tempo dos Ipês que vão florindo do final de Maio  até Setembro, cada um tem a sua época. Agora são os Ipês roxos,mas acho que são de um cor de rosa intenso, mais que intenso.
E para terminar o dia, à tardezinha tem a imagem da cidade vista e fotografada de outro anglo pela Vanessa, uma cara amiga que descobri nestes encontros que a vida trata de nos proporcionar...



E por esses ângulos vou enxergando a cidade e vendo minha alma cheia de perdas que o tempo anda tratando de levar...

A Lua nasce quase vendo o sol do outro lado ainda  avermelhado dos seus últimos raios. Agora dei pra não gostar da noite, pois antes era o que mais  aguardava. As estrelas todas compondo contelações, nomeava-as uma a uma. Hoje já nem as encontro mais. A luz artificial da cidade tratou de escondê-las e escondeu também meu romantismo, minhas companhias, meus anos de sonhar com um alguém que pudesse viver comigo tudo aquilo que imaginei pra mim - o gosto pela música, pelo cheiro de mato, pela tardezinha e a noite caindo devagar, o som do violão, da poesia que tudo isso nos  faz  sentir..
...e agora eu fico torcendo pra noite não chegar, mas ela vem e traz com ela os fantasmas das pessoas que já partiram e  que foram levadas a pouco.

Vejo o clarão em torno da Lua dessa noite com tristeza e solidão. Penso nos meus tios que um pouco mais  distantes, veem a mesma Lua das montanhas  da cidade de Tiradentes. Sinto a dor que sentem como um aperto no coração. Digo para mim mesmo "precisava estar lá, talvez eu pudesse acalentar a dor deles de alguma forma". E também acalentar a minha, mudar de ares, esquecer de pessoas que nos fazem sofrer até mesmo sem querer.
Eu entendo, eu sei que entendo, mas o sofrimento não vai embora, não quer sair. E fico feliz com apenas um "Oi" que vem de longe, muito longe.
"Quem sabe se eu fosse pra lá, eu arrumo alguém diferente, com outra cabeça, com o mesmo gosto que o meu?"
Eu me faço essa pergunta em silêncio, porque já enchi de ficar sozinha sem ninguém pra conversar... Meu filho estudando, minha sobrinha também, tem lá as vidas deles.
Meu pai, minha mãe, minha cachorra dormindo, dá um suspiro fundo e continua no seu sono profundo. Eu olho pra trás para vê-la sobre a cama e dou um sorriso. Balanço a cabeça. Só me resta escrever, colocar nessa folha o meu sentimento, a minha resignação da velhice que não tarda, da solidão que é implacável para todos. Mesmo para aqueles que vingam a idade, que a ingana com a modernidade e a tecnologia dos produtos, das roupas, das ideologias novas...
Resta apenas eu ainda esperar por alguém que esteja disposto a conversar pelo MSN, ler um mensagem dessas condensadas, porque as pessoas modernas, mesmo com as facilidades, têm preguiça, ainda mais preguiça de se lançar no mundo das palavras verdadeiras, fresquinhas, feitas na hora! Copiam e colam mensagens! Por preguiça, por acharem que é hightec, por ahhhh, por desleixo mesmo. Por esquecerem que amizade e amor se fazem é com o coração!

Ângulos da arquitetura da Catedral de Guaxupé

sábado, 22 de maio de 2010

Morning Has Broken...



Morning has broken, like the first morning
Blackbird has spoken, like the first bird
Praise for the singing, praise for the morning
Praise for the springing fresh from the world


Sweet the rain's new fall, sunlit from heaven
Like the first dewfall, on the first grass
Praise for the sweetness of the wet garden
Sprung in completeness where his feet pass


Mine is the sunlight, mine is the morning
Born of the one light, eden saw play
Praise with elation, praise every morning
God's recreation of the new day

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A vida é uma coisa insana mesmo!


Leandro, Lucas ao centro e o pai, Tio Marquinho!



Leandro, Tales e Lucas

Hoje é um dia muito triste para nossa família - nosso querido e amado Lucas faleceu hoje em São Paulo.
Como vocês podem ver, ele veio de uma família diferente, talvez a causa pôde ser uma gravidez dessas indesejadas, filho da miséria e da pobreza espiritual que anda acometendo nossa Terra há algumas centenas de anos.
Os pais verdadeiros dele não são estes dois amores de pessoa aí da fotografia!


Mas como amor não tem cor ou forma, não tem princípio ou fim, nem estradas pedregosas, o Lucas veio habitar a casa e o coração
 de Tereza e Marquinho desde bem pequenino. Ele já nasceu e correu para os braços deles e foi criado segundo as leis de Deus, onde come um, comem todos...
Vieram mais dois, - o Leandro e o Tales, que passaram também por muitas provações, já que o amor dos dois não tinha passado por aprovação nenhuma. Foi um lance meio roubado, fugido, desencontrado... Muitas lágrimas fizeram verter, mas apararam e fizeram um rio por onde nascem peixes e correm águas límpidas.
E por essa águas límpidas, Deus veio e levou o Lucas, hoje de manhã, para a nossa tristeza!
A Tereza e o Marquinho que acreditaram um dia que amor não tinha nem cor, nem forma, nem pele ou raça, hoje estão aí com mais uma rede a remendar, pra ver se peixe vem do bom, pra ver se seu amor valeu a pena!
Valeu, Tereza? Valeu Marquinho?
Valeu, porque Lucas foi peixe dos bons, deu muitas rabanadas no ar e foi morar no fundo do rio límpido onde é seu lugar!

Vai com Deus, meu primo Lucas!
E que a sua vida tenha valido a pena para ensinar aqueles que tem a alma pequena!

17 de Maio de 2010 não foi um dia como os outros!

domingo, 16 de maio de 2010

Ditados populares, minha avó e um amigo de longa data...

Este aí é o meu amigo André, laaaaaaá de Belém do Pará... Terra muito longe de Guaxupé, mas ele foi um dos únicos "amigos" que venho cultivando pelos fios  óticos, meus já conhecidos "amigos de plástico", que realmente se  mostrou um verdadeiro amigo.
Essa semana recebi um presente que merece ser guardado nestas páginas óticas para a eternidade, pois sei que a nossa amizade assim foi traçada de agora em diante.
Engraçado que ele havia me prometido colocar canções em minhas poesias há muito tempo, acho que faz mais de uma ano isso... ele achava que eu era um "cara", pois o conheci através do meu fake - a Martha and The Nicotines. Faz pouco tempo que me revelei e disse a ele que gostaria de ganhar um Cd dele, porque já conhecia alguns vídeos no Youtube e ele havia me prometido.
Eu disse assim: "cadê o meu Cd? Eu quero um! Foi mais ou menos isso que eu escrevi em sua página e ele disse que me enviaria assim que pudesse.
E faz dois dias já que fico ouvindo comovida as músicas do André - que graça de pessoa e que talento! Não sei como uma pessoa dessas fica longe da mídia, substituído por músicas de arrepiar os cabelos. Mas fazer o quê, gosto não se discute e dinheiro também não. O que cái nas graças do povo, infelizmente não são coisas que se apresentem, porém o que manda neste mundo é o dinheiro...

Minha  avó tinha um ditado que ela gostava sempre de repetir: "Gastar velas com defunto ruim!" - acho que é assim que a maioria do povo brasileiro anda fazendo, a mídia, os eleitores, as pessoas que acham que todos são amigos e, de qualquer forma, têm os memso sentimentos que elas.

Mas com o André foi diferente, não gastei velas à-toa... Sempre acreditei no seu talento e também em sua amizade. Mas sinceramente, os Cds, quando chegaram, foram uma surpresa para mim. Esse é o segundo presente que recebo de pessoas de longe. O primeiro foi um livro, lindo, cheio de emoções, que recebi da Jacqueline Bulos, lá de Genebra...Looonge por demais! E eu é que  estou em falta com ela, preciso urgente enviar-lhe um presente, destes que eu faço, artesanais, meus colares mineiríssimos.

...porém, apesar de toda a alegria que o André me causou nesta semana, confesso que estou muito decepcionada com dois amigos que achei que fossem verdadeiros também, assim como André e Jacqueline, e até mesmo a Suzanne, da Califórnia que sempre me dá um alô de tão longe! E devo não esquecer de outros, tantos outros, para quem acendo minhas velas e não são perdidas...

Eu cheguei a conclusão que gastei velas com dois defuntos ruins - o Guga e o José Victor. O primeiro foi bem especial, gostava de gastar minhas filosofias e minhas bobeiras com ele. Depois, não sei o que deu nele, me ofendeu tanto, tanto, que estou entristecida até hoje...

O segundo foi é o José Victor, que há muito chamo de Oliva, um apelido que coloquei nele por causa de nossas implicâncias na comunidade Jeff Buckley Brasil.
Para ele escrevi vários textos, que poderão até virar músicas pelas mãos de André, quem sabe?  Se você é meu leitor, vai perceber que curti até uma certa paixão por ele, um afogueamento que durou uns meses. Hoje, cheguei à conclusão sobre ele que fiz o que minha avó sempre dizia - fiquei acendendo vela pra defunto ruim, e olha que põe vela nisso! Foram maços e maços perdidos...Acho! Porque para mulher, a gente sempre pensa que existe algum foguinho no pavio lá no final do túnel... Mas acho que não. O cabra nem soube me agradecer o raro Cd que lhe enviei com tanto carinho.
Eu sei que já fiz dessas coisas com pessoas que me são muito caras, pois já tive a idade dele 26, e a do Guga também - 23.

Mas estou chateada! E sempre que acontecem essas coisas,  me vem uma velha história na cabeça que sempre me "aperreia" e me faz sentir a pior das criaturas humanas. Essa aconteceu com o meu ex-marido, lá quando ainda éramos namorados. Mas essa aí eu não vou contar não! Ela é muito cabeluda, e me envergonho de sujar essa página tão bonita que dedico ao meu querido André Moura, lá de Belém do Pará, com seu CD Farol e sua Novela Mexicana...

Ele  escreveu assim pra mim lá na página do meu Orkut: 
" Bom demais saber que vc gostou do cd Lorene!!!!!!!! O maior presente é saber disso!!!! Legal, o que vc puder fazer pra me ajudar nessa divulgação, eu te agradeço muito!!!!!

"...novela mexicana, apresentando eu e vc"...graaande bj
(acho que essa música foi inspirada em meus poemas passionais nos quais ele falou que um dia poria uma canção neles. Isso me fez sentir importante, pois sou apreciada pelo que escrevo e pela minha amizade! Essas coisas são importantes para mim - ser reconhecida, não importando a lonjura em que estamos, em que páginas da história escrevemos - se aqui ou no Japão?!)
Acho que a partir de hoje, nasceu uma nova dupla online!
E sei que nós dois, como numa novela mexicana, embora passional e cheia de desenredos, seremos felizes para sempre!

Beijo grande para meu querido amigo André, lá de Belém do Pará!

sábado, 15 de maio de 2010

Formiga enxerga tudo GIGANTE ~> www.papodeviralata.com

Malinha de Livro do ICEJ - Instituto Cultural Elilas José

O II Viralata Mix aconteceu dia 8 de maio, dia bonito, claro, ameno.
A chuva ameaçou, mas dessa vez ela não veio para alegria de todos.

Eu continuo acreditando na investida da grupo, e percebo que nosso evento está crescendo, pois formiga enxerga tudo GIGANTE, verso de uma música de Arnaldo Antunes, que ouvi hoje na Rádio Eldorado Fm...rs!
Logo o liguei ao evento, começamos com um pequeno formigueiro e algumas cigarras cantadoras e, de repente, viramos um grande evento musical com a Caravana do Cordel e a nossa Velha Guarda do samba guaxupeana - Carlão e seus tocantes...rs! Preciso urgente parar com essa falta de educação e perguntar o nome das pessoas, pois todas elas sabem o meu... Rs! 

Porém, como diz a Julieta - O que é um nome, se fosse uma rosa não teria igual perfume?

Para maiores informações e visões,acessem o link e veja mais detalhadamente o II Viralata Mix, fotografado brilhantemente pela Viralata Mor, Sheila Saad!
As Cigarras e as formigas
Cigarra Mor- Aline Moarais, como canta e toca essa menina!

Aniversário de Vanessa... O pai, José Marques e Júlia, a nova Viralata da turma!

 

segunda-feira, 10 de maio de 2010



Where do you stand when it's all over
Washed from the earth
And down to the sea
Do you lie in a bed of roses


Are you still aware
I guess that you don't care about it now


I see your shadow knocking at my door
All plastic face and shaking hands
Now how much space could ever hold your here


Are you still aware
I guess that you don't care about it now


Where do you stand when it's all over
Washed from the earth
And down to the sea
Do you lie in a bed of roses


Are you still aware
I guess that you don't care about it now


Are you still aware
I guess that you don't care about it now

domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães? Dia dos Filhos!

Fim de feriado
Dá um jeito de desconsolo
O coração fica apertado
Sonha longe o filho que não veio
Os livros que tem para ler
Os dias aflitos que estão por vir.



Os dias passaram lindos,
Tanta movimentação e música, e poesia
E abraços de pessoas que não víamos a tanto tempo...



Ontem não choveu.
Olhávamos para ao céu aflitas,
Porque mães sabem que filho não gosta que chove em feriados
Que haja acidentes,
Que haja tristezas
Ou céu nublado.



Feriado é dia de sol limpo e céu sorridente
De carros andando apressados
De reunir amigos para um churrasco
Ou num bar confiados
De que seus futuros,
embora incertos,
terão dias promissores.

Amanhã é segunda-feira,
Inda bem que temos esse dia
Que nunca queremos que exista
Pra esquecer que fomos turistas,
Cozinheiras, batuqueiras, rendeiras,
Bordadeiras...
Amanhã ...
inda bem que é segunda-feira!
Pra encher nossos dias de crianças
E que deixe passar a solidão.






Mãe é tempo sem hora...


 (Poema extraído do livro "O Jogo Mágico das Palavras", de Elias José com ilustrações de Nelson Cruz) Publicado por ICEJ

Instituto Cultural Elias José


quarta-feira, 5 de maio de 2010

FIQUE (eu ficarei, sempre!)

José Victor

O coração baterá até o fôlego acabar
Você sabe que a amo, e me coloca nisso
Algo está indo mal comigo
Viver não é difícil, mas também não é fácil
Sempre mantendo os cães fora.

Caia como a chuva, caia como a chuva
Venha e caia como a chuva, venha e caia
Oh! Eu queria estar aí, ao seu lado
Porque isso é como a morte, garota
Deixe-me ficar por perto, deixe-me ficar por perto.

Você toma meu coração, e meu fôlego se vai
Você sabe que a amo, e me coloca nisso
Sinto-me um pouco tonto, e você sabe o porquê
Acreditando que não é difícil, mas que também não é fácil
Mantendo-me cego para o óbvio

Caia como a chuva, caia como a chuva
Venha e caia como a chuva, venha e caia
Oh! Eu queria estar aí, ao seu lado
Porque isso é como a morte, garota
Deixe-me ficar por perto, deixe-me ficar por perto.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Lua pintou o céu azul cobalto
com a sua metade
e espero que essa seja a mais longa noite de toda a eternidade
para não chegar o amanhã.

Não quero rezas, nem flores
Nem véus de noiva e flor de laranjeira.
quero fugir em meio as bananeiras do quintal
esconder-me  no nicho criado sob suas folhas secas.

Se eu puder
quero voar no parapente a motor
que passa, levado pelo vento
no final de todas as tardes

Não quero ouvir sua voz,
quero tapar meus ouvidos e meus olhos
Não quero ver o azul do céu
Nem o sol.
Fugir apenas - este é meu destino para o amanhã.

Quero ficar com o corpo morto
e meus sentidos amanhecidos
sonhando comigo e com você
Neste balão gigante!