Só escreve bem quem lê ou quem se
aventura no mundo das ideias.
Uma vez,
assistindo a um programa do Jô Soares, vi e ouvi de uma atriz as suas
experiências de se aventurar no mundo no mundo das ideias. Ela disse nesse
programa que quando assistia a um filme ela se tornava aquele filme. Saia, já,
do cinema, sentindo-se a heroína do filme. E, por muitos dias ou meses, ela
procurava se apoderar da personagem nos modos, na fala, em como se vestir.
Depois de muito tempo que se deu conta disso. Assim, também, acontecia com os
livros que lia e atualmente, com as personagens que realizava no teatro ou
cinema. Achei interessante porque eu, de alguma forma, passava pela mesma
experiência de vivenciar meus heróis de filmes, livros e música. Tornava-me
namorada deles e sonhava acordada, mergulhando em um mundo de encantamento que
só a ficção nos faz entrar. Até hoje sonho com os poemas de Adélia Prado porque
sinto ser as mulheres que ela poetiza com tanta realidade. Em meu perfil há um
poema dela, que também está em meu blog onde escrevo meus sonhos, minhas maluquices,
meus dissabores. E este poema me e tão real, que ao lê-lo me transporto para
seus versos e sinto mesmo ser aquela mulher que ela descreve tão bem. É tocante
como a arte nos faz melhores do que somos, uma agente transformadora de mundos
possíveis e impossíveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quem não gosta de um carinho?!...