terça-feira, 27 de abril de 2010

Pipas e Papagaios

Não me deixe te esquecer!
As mexericas já estão maduras
Deixando os seus suaves sumos pelos ares
e quando vê
já é outra estação.



O céu azul de Abril
o vento fresco levando folhas
e as pipas correndo céus
com suas formas multicores.



Nunca aprendi fazer pipa:
É coisa de moleque, gritava o Brasa.
Mas fazia papagaios de rabos longos,
Maranhão, aquele sem rabo e com franjas!



Nas manhãs de céu limpo e vento
bem cedo eu preparava o carretel
subia o quintal de cima de casa
e lá ficava horas
viajando junto com as cores do infinito.



Amor devia ser assim,
coisa que a gente puxa pela linha,
distrai um pouco,
dá soquinho no carretel
pra ver a pipa dar cabeçada
e voltas longas no ar
até retomar o caminho
e trazê-lo de volta,
intacto.
Para o José Victor

Um comentário:

  1. Lorêny,
    Adorava soltar pipas... Lembranças maravilhosas.
    Muito legal a experiência de visitar o teu espaço, o mundo virtual (blogosfera) sempre aproximando as pessoas, às vezes tão distantes, confirmando o que Marshall McLuhan nos anos 60 já preconizava: a Aldeia Global. O progresso tecnológico proporcionando a intercomunicação direta com qualquer pessoa do planeta, o mundo ali na esquina de casa... As distâncias encurtadas, a possibilidade da emergência de uma consciência global que solidarize as pessoas de regiões diferentes, numa dimensão que suplantadas as questões étnicas e religiosas, todos percebamos que o planeta Terra é a superfície e habitat da nossa “Aldeia Global”, por isso, economia e ecologia lado-a-lado, o que acontece na China repercute aqui na Amazônia... Todos no mesmo barco.
    Para temperar minhas palavras, antevendo o espetáculo do novo, esse mundo, essa cidade virtual que assusta, mas que insiste em pulsar diante de nós, ainda que a ansiedade nos arrebate diante desse admirável mundo novo, como Drummond, vou tateando o novo, assustado, às vezes, mas sem esconder que ao aproximar-me... quero me lançar impudoradamente aos seus encantos, leia o mineiro Drummond abaixo. Valeu!

    “Escuto vocês todos, irmãos sombrios.
    No pão, no couro, na superfície
    macia das coisas sem raiva,
    sinto vozes amigas, recados
    furtivos, mensagens em código.” (Carlos Drummond de Andrade)
    Visite o meu espaço virtual e divulgue:
    www.blogdopedronelito.blogspot.com
    www.citadinokane.blogspot.com
    Abraços,
    Pedro

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Quem não gosta de um carinho?!...