domingo, 28 de outubro de 2007

Poema dos Bons Tempos

O estranho poema dos corpos
que entram em todas as viagens.
A Terra continua no seu movimento,
devagar pessoas entram em várias estações
misturam-se as outros corpos
participam de histórias que já foram
e perduram no limiar do tempo...

Andava pela rua distraído
e o aroma do alecrim-do-campo aguçou uma parte de mim já sabida.
Memórias do tempo!
Minha avó varria absorta o forno de barro,
esfriava-o para assar biscoitos de polvilho.
Secos,
estalavam à força dos dedos combinados.
O café forte tingia a porcelana branca.
Café torrado em casa,
revivendo os rituais antepassados.
Traço de negro,
Blues...

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