Twenty-nine pearls in your kissA singing smileCoffee smell and lilac skinYour flame in me...I know everybody here wants you...
~.~.~.~ SETEMBRO ~.~.~.~Hoje é tempo de Setembro.Mês de luxoÉ quando choveE a neblina dos restos de invernoNascem com o diaTingindo de branco nuvem as montanhas da cidade.Hoje não pensei em amor.Pensei em você com carinho.Pensei que as coisas que vêmSão como embalagem de produtos árabesTão longe, tão simples, tão primitivos.Sabores ancestrais da casa da minha tia.Setembro tem gosto de anisTem gosto de pão fresco saído do fornoTem gosto de matizes de linhas que tecem bordadosTem gosto de jabuticabaTem o gosto da meiguice de amor começado.Foi num Setembro Junto com os Ipês amarelos das praçasQue você retornouMas hoje não falei de você com amor.Falei do carinho.Falei do anis.Falei da Lua turca que rabisca o céu azulado.
Amarelando
O vento vem forte e quente
Neste dia que não termina
Nesta tarde em que meu coração
Sucumbe a todas as imagens
Guardadas na caixa de retratos
Antigos
Amarelecidos do tempo
Tons ocres, marrons, avermelhados
Vinhos, de opala
Um dia peguei uma foto
Eu sentada na mesinha
Comportada
Era como se eu carregasse todo o fardo de ser mulher
Era um molde que não queria
Desde menina tinha tristeza
E
x
i
s
t
e
n
c
i
a
l .28/07/06
Muitas das minhas poesias eu componho observando as cores da minha cidade. No inverno, não sei se é o sol que ilumina mais inclinado o hemisfério sul, mas as cores ficam incríveis! Gosto bastante desta época, gosto especialmente do vento geladinho batendo no meu rosto, pelo meu corpo todo quando saio para minhas caminhadas diárias. O poema abaixo foi feito no inverno do ano passado. Tento traduzir em palavras todas as nuances de luz que vejo pelo meu caminho. Bom, eu tento!
Entardecendo
Tons amarelos esmaecidos
Bordam os restos da tarde
E ainda hoje não te falei de amor...
Vinha calma subindo a rua
Olhei a cidade
Nenhum barulho
Apenas pássaros passavam rasantes num assovio único
Escutava a calmaria da cidade
Olhei o céu
O sossego do nada
Estáticos, os tons pastel das casas
Faziam-me refugiar num suspiro
Como há muito faço
Pensei:
Que significado tantos procuram para a vida?
Se tivessem meus olhos saberiam...
O doce perfume das árvores carregadas
A poeira seca e vermelha que sobe os céus
Os últimos raios que tingem minha tela furta-cor
Um carro antigo que sobe a rua
As casas harmoniosamente coloridas
Os ipês florindo destoando de todos os amarelos
E mais uma vez!
Não te falei do meu amor!
Se tivesses meus olhos saberia
Das cores incríveis que levarei comigo
Por toda a vida!