domingo, 22 de julho de 2007

Só mais uma!!!

Twenty-nine pearls in your kiss
A singing smile
Coffee smell and lilac skin
Your flame in me...

I know everybody here wants you...

Menina do anel de Lua e estrela... Raios de Sol no céu da cidade...

~.~.~.~ SETEMBRO ~.~.~.~

Hoje é tempo de Setembro.
Mês de luxo
É quando chove
E a neblina dos restos de inverno
Nascem com o dia
Tingindo de branco nuvem as montanhas da cidade.


Hoje não pensei em amor.
Pensei em você com carinho.
Pensei que as coisas que vêm
São como embalagem de produtos árabes
Tão longe, tão simples, tão primitivos.
Sabores ancestrais da casa da minha tia.


Setembro tem gosto de anis
Tem gosto de pão fresco saído do forno
Tem gosto de matizes de linhas que tecem bordados
Tem gosto de jabuticaba
Tem o gosto da meiguice de amor começado.


Foi num Setembro
Junto com os Ipês amarelos das praças
Que você retornou
Mas hoje não falei de você com amor.
Falei do carinho.
Falei do anis.
Falei da Lua turca que rabisca o céu azulado.

Outro poema escrito no inverno de 2006...

Amarelando

O vento vem forte e quente
Neste dia que não termina
Nesta tarde em que meu coração
Sucumbe a todas as imagens
Guardadas na caixa de retratos
Antigos
Amarelecidos do tempo
Tons ocres, marrons, avermelhados
Vinhos, de opala

Um dia peguei uma foto
Eu sentada na mesinha
Comportada
Era como se eu carregasse todo o fardo de ser mulher
Era um molde que não queria
Desde menina tinha tristeza
E
x
i
s
t
e
n
c
i
a
l .

28/07/06

sábado, 21 de julho de 2007

Eu moro aqui, nessa cidade! Esta é a paisagem que todos os dias vejo em primeira mão quando acordo. Não é o máximo?

Muitas das minhas poesias eu componho observando as cores da minha cidade. No inverno, não sei se é o sol que ilumina mais inclinado o hemisfério sul, mas as cores ficam incríveis! Gosto bastante desta época, gosto especialmente do vento geladinho batendo no meu rosto, pelo meu corpo todo quando saio para minhas caminhadas diárias. O poema abaixo foi feito no inverno do ano passado. Tento traduzir em palavras todas as nuances de luz que vejo pelo meu caminho. Bom, eu tento!


Entardecendo

Tons amarelos esmaecidos
Bordam os restos da tarde
E ainda hoje não te falei de amor...
Vinha calma subindo a rua
Olhei a cidade
Nenhum barulho
Apenas pássaros passavam rasantes num assovio único
Escutava a calmaria da cidade
Olhei o céu
O sossego do nada
Estáticos, os tons pastel das casas
Faziam-me refugiar num suspiro
Como há muito faço
Pensei:
Que significado tantos procuram para a vida?
Se tivessem meus olhos saberiam...
O doce perfume das árvores carregadas
A poeira seca e vermelha que sobe os céus
Os últimos raios que tingem minha tela furta-cor
Um carro antigo que sobe a rua
As casas harmoniosamente coloridas
Os ipês florindo destoando de todos os amarelos
E mais uma vez!
Não te falei do meu amor!
Se tivesses meus olhos saberia
Das cores incríveis que levarei comigo
Por toda a vida!

Aventuras do olhar... 55ª Festas das Orquídeas de Guaxupé, MG